
Natural da freguesia da Lomba, em Gondomar, Justino Santos é atualmente vereador pelo Partido Socialista na Câmara Municipal. O número dois da lista de Isabel Santos já integrou por três vezes as listas ao município e considera que Gondomar é modelo no que diz respeito à forma como encara “o interesse das pessoas”. Justino Santos termina este mandato com o que considera ter sido uma “atuação positiva”.
Que balanço faz da sua vereação nestes últimos 4 anos?
A nossa atuação foi positiva, porque houve uma grande diferença – e para melhor – em termos de atitude e imagem da Câmara Municipal de Gondomar, no que diz respeito ao relacionamento entre o executivo e a oposição.
Logo no início o Presidente da Câmara cedeu a vários pedidos formulados pelo PS, o que teve o seu significado. Nesse aspeto não houve falhas em termos de dignidade e respeito. Houve um ou outro caso de má compreensão, que nos obrigou a tomar uma atitude em sinal de protesto. Mas o PS esteve presente em todas as reuniões de Câmara.
Mas se tivéssemos aceite pelouros, como nos foi proposto, provavelmente teríamos tido outras possibilidades, este é o meu ponto de vista. Contudo, o Partido Socialista optou por não aceitar essa opção e como militantes tivemos que respeitar essa decisão.
Alertou o partido para essa possibilidade?
Alertámos, mas o PS achou que não deveríamos aceitar pelouros. No entanto, acreditámos que teríamos vantagens em ter participado neste executivo de outra forma (com atribuição de pelouros aos vereadores do PS).
Foi fácil ser vereador de um executivo de Valentim Loureiro?
Foi fácil porque vínhamos às reuniões e apresentávamos as nossas propostas e críticas ao executivo. Temos que realçar o trabalho das pessoas da Câmara Municipal de Gondomar que revelaram grande eficácia e competência para connosco.
A Câmara Municipal de Gondomar poderá ser um caso de boa colaboração entre o executivo e a oposição?
Eu acho que sim. Quando somos eleitos para a função autárquica devemos despir-nos dos interesses particulares para olharmos para os interesses das pessoas. Nesse aspeto Gondomar pode ser modelo.
A aproximação das eleições poderá ter influenciado a atuação do PS nas últimas reuniões de Câmara?
Não devemos ser influenciados pela aproximação de um período eleitoral, como também não devemos aproveitar a ocasião para fazer coisas que não se fizeram até agora, como é o caso da viagem à Malafaia do clube Idade Mais. Não estamos contra o programa mas a Câmara deveria ter essa preocupação durante todo o mandato. Isso pode ser visto como um ato eleitoralista.