
Segundo registos históricos, foi 1863 o ano oficial da criação da Banda Musical de Gondomar – na altura com um nome diferente -, o que faz da mesma a coletividade mais antiga do concelho. Para “fechar o ciclo”, Carlos Alberto, presidente da instituição, quer lançar no início de 2014 a monografia dos 150 anos da Banda e alargar a sede que, nos dias de hoje, é já pequena para as dezenas de alunos da escola de música.
Carlos Alberto cumpre agora o segundo mandato de dois anos na presidência da Banda Musical de Gondomar (BMG). Para o dirigente da banda há claramente um período antes e depois de 2010.
Para além do grande aumento em número de sócios e grupos da banda, o presidente da BMG destaca as atuações no estrangeiro e na Casa da Música. “Fomos tocar à Casa da Música, fomos tocar a Espanha, num Encontro de Bandas e agora há pouco tempo fomos convidados pela INATEL para tocar no Multiusos. A Banda de Gondomar passou a pertencer a um leque em que não era habitual estar”, refere.
Para celebrar os 150 anos de existência, Carlos Alberto lançou um desafio a um membro da BMG, “registar os 150 anos”. “É quase como uma tese. Temos hoje, na mão dele [colaborador], um manuscrito de 1863 de fundação da banda. Inclusive a própria Federação das Coletividades de Gondomar deu-nos o registo que confirma a data”, explica. “Estamos a fechar um ciclo”, acrescenta.
O presidente da BMG põe como objetivo dois projetos para “fechar os 150 anos: a edição da monografia e o alargamento da sede”, problema que já está a afetar a banda.
“Chegamos a ter aulas no bar. É tanta a diversidade de instrumentos que não dá para estarmos todos no mesmo local. Começa a ser difícil ensaiarmos na sala própria para o efeito. Havia um projeto para o alargamento da sede e no protocolo [subsídios da Câmara] deste ano, já temos uma verba para o alargamento”, refere Carlos Alberto.
Com quase meio milhar de sócios, a Banda Musical de Gondomar assume-se hoje, na opinião de Carlos Brás, como uma das principais do concelho. Mas falar da Banda de Gondomar não é falar apenas de um grupo. Existem oito conjuntos que compõem a coletividade. A mais antiga e – talvez – famosa é a Filarmónica. Depois, fazem parte ainda da associação musical o grupo de música popular portuguesa ‘Litos, Quinhas e Os Bandalhos’, o Grupo Coral recém criado ‘BMG Chorus’, o Quinteto de Metais com bateria e voz ‘Eruditos’, a Orquestra Ligeira ‘BMG Big Band’, a equipa não-federada de futsal ‘BMG Futsal’, a Escola de Concertinas e a Academia de Música, com cerca de 160 alunos, atualmente.