
André Miguel Silva foi, em junho do ano passado, a vítima mortal de um despiste de uma carrinha na A7, em Famalicão, que levava sete universitários. Em homenagem ao “jovem excecional”, o pai, Carlos Alberto, recuperou uma composição que o jovem fez aos 12 anos e publicou-a. Esta é a história do “Destino de um parafuso”.
Já foi apresentado na Feira do Livro de Gondomar e na Livraria Lello. O “Destino de um parafuso” é o resultado do “fair play e carácter” do André, apresentado ao mundo por Carlos Alberto.
O livro “Destino de um parafuso”, de André Miguel Silva, estudante universitário vítima de um acidente rodoviário em Junho, é apresentado sábado na Livraria Lello, no Porto, e recupera uma composição que o mesmo escreveu aos 12 anos.
“Após o trágico acontecimento do acidente de viação que vitimou o André quando vinha com os colegas da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia de que ele fazia parte, surgiram-me várias ideias que pudessem garantir o registo da memória de um jovem excepcional como ele era”, começa por contar ao Vivacidade, Carlos Alberto. “Num momento de tragédia tão violenta que roubou o futuro a um jovem com grande potencial, muito sociável, alegre, divertido, lutador, de carácter e com muitos amigos, reagi do modo mais enérgico que me foi possível, com a vontade de deixar o nome do André ligado a algo de valor acrescentado”, acrescenta o pai do jovem.
Carlos Alberto explica ainda que “lendo a história aos olhos da atualidade e analisando o que foi o percurso do André até à sua fatídica partida, existem diversos aspetos interessantes”. Um deles é que André teve a “vida de um parafuso” já que, segundo o pai, a “o elemento parafuso, em si mesmo, de modo isolado, não pode servir de grande coisa” mas, ao mesmo tempo, é “um elemento de grande importância na ligação de peças, elementos, estruturas e na construção de coisas novas em diversificados contextos”.
O livro “Destino de um parafuso” permitirá “desse modo manter entre nós esse percurso de luta, carácter e busca do sucesso. Mas sempre feito com elevação e fair-play que lhe garantiu sempre o respeito e admiração dos seus adversários que tinham objetivos diferentes em campo mas continuavam amigos cá fora”, finaliza Carlos Alberto.