
Câmara em negociações para compra de terreno para estacionamento
O tema não é novo e tem pelo menos dois anos. Em abril de 2012, o Vivacidade noticiou as obras de remodelação que dariam origem ao novo Centro Escolar da Boavista / Lourinha, antiga EB1 da Lourinha. Com a entrada em funcionamento do novo equipamento, o Centro acolheu mais cerca de 500 alunos e o trânsito e estacionamento tornaram-se num problema sério para uma das principais artérias da cidade de Rio Tinto.
A rua da Estrada Nova – uma das principais artérias de acesso à cidade de Rio Tinto – torna-se um problema sério para quem a tenta utilizar em horas de ponta. Filas intermináveis de carros e autocarros que apenas querem passar, mas não conseguem. Os pais tentam encostar os carros, ocupam os passeios, param no meio da via, para levar ou buscar os filhos da escola. Jaime Santos vive na rua da Estrada Nova, já fez várias queixas à PSP e foi atropelado. Ao Vivacidade, conta o motivo da sua indignação. “Desde que o Centro Escolar funciona começou a haver este problema. Estou farto de reclamar à PSP e já falei com o coordenador do programa ‘Escola Segura’ de Rio Tinto que me garantiu que ia tomar conta do assunto. Disseram-me que os pais iam ser sensibilizados. Já fui atropelado por uma senhora que se encostou mais ao passeio, bateu-me com o espelho e podia ter-me partido o braço”, reclama o morador.

O problema repete-se todos os dias, garante Jaime Santos, “quando há escola e sobretudo à tarde”. Na sua opinião “devia ter sido criado um espaço para não existir este problema.” “Os peões não devem estar em risco”, afirma.
Fernanda Ribeiro partilha da mesma opinião. Todos os dias, durante a semana, leva e traz quatro crianças ao Centro Escolar. “Tomo conta de crianças e todos os dias venho trazê-las à escola. Isto já nasceu torto e vai morrer torto”, comenta com o Vivacidade. “Há uma grande falta de respeito dos condutores e esta situação é muito perigosa para as crianças. Sei que não é fácil para os condutores. Isto é medonho sobretudo quando está a chover. É muito complicado para quem anda de carro, mas as pessoas que vêm a pé também passam um mau bocado porque têm que se desviar dos carros e ficam em perigo. O melhor era aproveitar o terreno que existe aqui ao lado para criar um parque de estacionamento”, acrescenta a educadora.