
No dia 16 de fevereiro realizou-se uma visita ao local onde estão a decorrer os trabalhos de remoção de milhares de toneladas de resíduos perigosos, em S. Pedro da Cova. Daniel Vieira, presidente da UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova, mostrou-se preocupado com a inexistência de um plano de requalificação da zona.
Treze anos depois do depósito das 105 mil toneladas de resíduos em S. Pedro da Cova, cerca de 87 mil já foram retiradas e a operação pode terminar já em maio. Numa visita ao local, realizada a 16 de fevereiro, Daniel Vieira, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, demonstrou preocupação com a inexistência de um projeto de requalificação da zona onde os resíduos foram depositados.
O autarca pode verificar no terreno as operações de remoção dos resíduos, que se encontram bem encaminhadas e poderão terminar em março. Os fim dos trabalhos no terreno está previsto para maio.
“Agora a questão central é: e depois? O que é que está previsto daqui por dois meses?”, questionou o presidente da UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova, em declarações à Lusa. O autarca vai colocar as suas dúvidas ao Ministério do Ambiente.
Questionado sobre o “Pulmão Verde da Área Metropolitana do Porto”, projeto dinamizado pelos Municípios de Gondomar, Valongo e Paredes, Daniel Vieira classificou a proposta de “embrionária” e considerou que esta “não resolve o problema de imediato”.
Na opinião do presidente comunista a requalificação ambiental e a preservação do antigo complexo mineiro “não podem ser esquecidas”.
A visita à remoção dos resíduos perigosos foi solicitada pela União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova à CCDR-N e à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que tem vindo a monitorizar a qualidade da água no local.
Recorde-se que os resíduos industriais provenientes da Siderurgia Nacional foram depositadas, entre maio de 2001 e março de 2002.