
A “Participação política e cívica da juventude” foi o tema para um debate entre três “jovens” políticos. Realizado no auditório da Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG), e promovido pelo Clube Gondomarense, o debate juntou as (distintas) opiniões de Marco Martins (PS), Daniel Vieira (CDU) e José Miguel Bettencourt (PSD). A juventude, em debate, esteve ausente… exceção feita aos “palestrantes”…
O Clube Gondomarense decidiu juntar, num mesmo painel de debate, três jovens com responsabilidade políticas (oriundos de distintas áreas partidárias e com diferentes funções). A “Participação política e cívica da juventude” era o tema mas, das cerca de sete dezenas de pessoas que compareceram, poucas eram as com a faixa etária “pretendida”.
Marco Martins, presidente do Câmara de Gondomar, Daniel Vieira, presidente de União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, e José Miguel Bettencourt, jurista e investigador universitário, participaram num debate sobre a “Participação política e cívica da juventude”.
Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, defendeu que “o alheamento dos jovens em relação à política” acontece por tal atividade “não ser atrativa”, acrescentando que “os partidos devem reformular-se” para corrigir tal afastamento. E, como exemplos, elencou as reuniões públicas do executivo camarário e, até, o Orçamento Participativo.
“Os políticos, quando prometem e não cumprem, ainda descredibilizam mais a política”, afirmou Marco Martins. No entanto, na opinião do presidente do Município, “só deve intervir num partido quem nele for filiado”. A crítica, dirigida ao “seu” Partido Socialista, era sobre a campanha interna das “Primárias” de finais de 2014 que colocou frente a frente António Costa e António José Seguro.
Daniel Vieira, presidente da Junta da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, discordou das opiniões de Marco Martins. “A falta de participação dos jovens, a ser assim tão notória, não é exclusiva da política”, defendeu. Mas, salientou, “os jovens não são fúteis, desinteressados, incompetentes ou pouco trabalhadores como alguns os gostam de identificar”.
Para Daniel Vieira será relevante distinguir entre “desinteresse pela política e desinteresse pelos atuais mecanismos de participação cívica”. E apontou como “mau exemplo as limitações, impedimentos e bloqueios” que, cedo, aparecem com o não reconhecimento das associações de estudantes. “Mas este é apenas um exemplo…”, disse o autarca comunista.
A conversa, aos poucos, passou a centrar-se mais nas ideologias. José Miguel Bettencourt salientou que “a consolidação da Democracia trouxe uma população mais exigente mas, curiosamente, cada vez mais alheada da participação política”. Enquanto social-democrata, José Miguel Bettencourt classificou como “utopia” a abertura dos partidos à sociedade.
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