
O Governo aprovou o financiamento e prazo para a retirada de 125 mil toneladas de resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova. A operação vai custar 12 milhões de euros, anunciou o ministro do Ambiente.
No dia 8 de junho, João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, anunciou a intenção de financiar a operação de retirada das 125 mil toneladas de resíduos perigosos que permanecem depositadas em São Pedro da Cova.
“Sabemos que lá foram colocados de forma que parece ilegal, existe um processo a decorrer nos tribunais, mas isso não diminui a responsabilidade que o Ministério do Ambiente tem, sabendo que existe ali cerca de 125 mil toneladas de resíduos perigosos que têm de ser retirados”, disse o governante.
A par destas declarações, João Matos Fernandes apontou ainda que o concurso será lançado em julho e a remoção irá decorrer nos próximos dois anos. “Foram aprovados os 12 milhões de euros necessários, a serem pagos durante 2018 e 2019 para a remoção dos resíduos”, clarificou o ministro do Ambiente.
João Matos Fernandes anunciou também que o Ministério do Ambiente será assistente do processo-crime em curso e, “caso os tribunais condenem alguém por este crime ambiental, quererá ser ressarcido do seu investimento, ou pelo menos da parte possível”, explicou.
De acordo com Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, o anúncio do Governo “é muito positivo”. O autarca espera agora que se avance com o concurso público, “o mais rapidamente possível”. “Ao contrário de outros, nós não consideramos que este seja o fim deste processo. Falta concluir a remoção, apostar na requalificação daquela área e apurar as responsabilidades judiciais e políticas”, refere o autarca.
Recorde-se que, entre outubro de 2014 e maio de 2015, foram retiradas 105.600 toneladas, mas entretanto foi revelado que no local existem mais resíduos, tendo sido anunciado em São Pedro da Cova, a 24 de março, que o concurso público com vista à remoção total das 125 mil toneladas que restam será lançado em julho e a empreitada levada a cabo em 2018.