
A Câmara de Gondomar anunciou, no dia 6 de dezembro, um investimento a rondar os 2,1 milhões de euros na requalificação da encosta da Belavista, em São Pedro da Cova. A empreitada deverá ficar concluída daqui a um ano.
Marco Martins, presidente do Município de Gondomar, anunciou, no início deste mês, um investimento superior a dois milhões de euros na encosta da Belavista, em São Pedro da Cova. A obra, admitiu o edil, “começou a ser preparada há dois anos e meio” e deverá “beneficiar toda a encosta, feita de forma desorganizada”.
“Havia aqui um problema de saúde pública, por falta de condições de saneamento, mas o Município considera esta a zona urbana mais degradada do concelho. Não vamos só requalificar o saneamento, também vamos apostar numa nova rede de drenagem de águas pluviais e vamos repavimentar alguns locais e melhorar várias ruas”, afirmou o autarca.
Marco Martins garantiu ainda que a obra “é complexa em várias frentes”, contudo, apontou o Natal de 2019 como meta temporal desta intervenção.
No que diz respeito ao saneamento, a verba corresponde a 980 mil euros, sendo 856 mil euros comparticipados através de fundos comunitários.
Questionado pelo Vivacidade sobre a possível cobrança de taxas aos moradores pela Águas de Gondomar, o autarca garantiu que “nada é certo”, prometendo, no entanto que “não haverá nenhum benefício para a concessionária”.
Por sua vez, Pedro Miguel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, considerou a empreitada “urgente e necessária”. O presidente da Junta relembrou ainda que esta autarquia reclama a conclusão do sistema de saneamento na encosta da Belavista há mais de 40 anos.
“Fazemos votos que esta obra não cause grandes constrangimentos à população, tendo noção que é uma intervenção complexa e exigente. Esperamos que não venha a ter um impacto financeiro na vida das pessoas que aqui residem”, finalizou Pedro Miguel Vieira.
Segundo o Município, a construção desta rede vai permitir o tratamento adequado dos resíduos, diminuindo o nível de contaminação das águas superficiais e subterrâneas, melhorando não só o nível de qualidade de vida, como também o valor patrimonial das habitações até aqui não dotadas desta infraestrutura.
A operação vai permitir a instalação, em mais de 500 habitações, de uma rede de recolha de águas residuais, cujo destino final será a ETAR do rio Ferreira onde os respetivos afluentes receberão o tratamento adequado.
No dia seguinte, 7 de dezembro, teve início a obra de fecho do sistema de águas residuais do rio Ferreira – subsistema da encosta da Belavista. A empreitada é comparticipada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR).