Dado o valor que tem para a região, a Câmara Municipal de Gondomar juntamente com o município de Póvoa do Lanhoso, que têm também ligações à filigrana, avançaram com a candidatura a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da filigrana.
A filigrana é uma arte secular da ourivesaria gondomarense e cada vez mais se afirma como um dos núcleos mais importantes da Ourivesaria Portuguesa. A importância desta herança com mais de 200 anos é inegável já que, só no concelho de Gondomar emprega mais de três mil pessoas.
Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, referiu-se à certificação da filigrana a Património Imaterial da Humanidade como um passo indiscutível uma vez que a mesma está ligada “à história do país e à história da expansão da Europa, para a África e para a Índia”.
O autarca defendeu a filigrana como uma arte única que deve ser protegida das cópias. “A filigrana é uma arte que devemos certificar para preservar porque o que notamos é que no último ano fomos invadidos por produtos europeus e orientais que copiavam a filigrana. A filigrana não é um processo mecânico, é um processo produtivo, manual com muita arte e trabalho, por isso achamos também que deve ser imaterializado para toda a humanidade”.
Esta preparação da Candidatura da filigrana a Património Imaterial da Humanidade é “um trabalho que vai demorar muito tempo e que só agora é que teve o ponto rebuçado com grau de maturidade suficiente para poder avançar”, no entanto, Marco Martins mostrou-se otimista e concluiu. “Estamos no caminho certo para isso”. ■