Este mês o VivaCidade quis dar um pouco de música aos Gondomarenses e a Associação de março é a Banda Musical de São Pedro da Cova. Estivemos à conversa com Hélder Magalhães (Presidente) e António Ventura (Maestro).
Como é que começou o vosso percurso?
Helder Magalhães (HM): A Banda Musical nasceu há 120 anos, ainda durante a monarquia constitucional, passou a primeira república, o Estado Novo e continuou após o 25 de Abril. Ainda está por fazer a nossa história, apesar de haver alguns elementos já publicados pelo Serafim Gesta, “Mazola”, mas a Banda surgiu pela necessidade de dar resposta à ocupação dos tempos livres da população da freguesia e, em particular, dos trabalhadores da mina. E surgiu ainda da vontade de duas figuras importantes, o Camilo Aguiar, primeiro maestro da Banda, e o José Gandra, primeiro presidente. Temos muito orgulho no passado da Banda e em todos aqueles que deram o melhor de si. Atualmente temos em curso um projeto arrojado, quer do ponto de vista artístico com a direção do maestro António Ventura, quer do ponto de vista administrativo liderado por esta direção. É um projeto arrojado.
Atualmente, quantos músicos constituem a banda? E qual a faixa etária mais predominante?
HM: Atualmente, o corpo executivo da banda apresenta-se entre os 40 e os 50 elementos, sendo na sua maioria jovens com menos de 30 anos, o que permite a existência de uma contínua passagem de testemunho, que muitas vezes provém da participação na banda dos avós, seguidos dos filhos e netos, verificando-se assim para além do ensino artístico da música uma partilha e transmissão de valores. Há ainda um aspeto importante que é o facto de praticamente todos os músicos, incluindo o maestro, serem naturais de S. Pedro da Cova.
Neste momento, a direção da banda é constituída por quantas pessoas?
HM: Nos últimos dois anos temos feito uma aposta forte na continuidade, mas também na diversidade, abrindo as portas da Banda e da Associação à comunidade, daí tem resultado uma aproximação diversificada de pessoas ao projeto, como pais de alunos, assim como figuras ligadas à história da freguesia, que nenhuma ligação tinham com a Banda, mas que se tem revelado muito importantes para preservar e conhecer a história da instituição, e ao mesmo tempo injetar ideias novas. Atualmente, a associação é composta pelos seus órgãos sociais, tendo a direção nove elementos eleitos entre os seus cento e cinquenta associados.
Qual é a melhor parte de fazer espetáculos/atuações?
AV: Para mim enquanto maestro são as vivências e competências adquiridas ao longo do processo de preparação para esses eventos, apesar de muito trabalho que é necessário, chegar ao fim de um concerto e sentir que todo o grupo teve uma boa prestação através da reação do público com os seus aplausos, verificar nas tradicionais romarias quando realizamos a despedida e sentimos a satisfação daqueles que apostaram na nossa apresentação, é sem dúvida a nossa maior recompensa por todo o nosso esforço e desempenho nos ensaios ao longo de vários meses de preparação para esses mesmos eventos.
Houve algum concerto que vos marcou de forma especial?
AV: Nesta fase que a B. M. de S. Pedro da Cova atravessa, todas as atuações são significativas pela forma como a Banda vai demonstrando a sua evolução. Vamos ver se conseguimos atingir esse ponto marcante no final do ano com o concerto comemorativo dos 120 anos da Banda. A Banda procura cumprir sempre com os seus compromissos. Naturalmente que há serviços que exigem mais de nós e que, por essa razão, são mais intensos. Os serviços na nossa terra, em S. Pedro da Cova e em Gondomar são muito motivadores. Há ainda aqueles concertos especiais, como o que fizemos no 25 de Abril de 2018 ou o concerto de Ano Novo de 2019. A Banda na sua história destaca o brilhante desempenho no Concurso patrocinado pela EDP, em 1986, um concurso por eliminatórias com Bandas de todo o País, em que a Banda conseguiu chegar à final.
Sentem que a música é especial e fundamental na vida das pessoas?
AV: Sim, começo por citar uma frase de Platão: “Primeiro, devemos educar a alma através da música e a seguir o corpo através da ginástica”. A música sempre esteve presente na cultura da humanidade. É reconhecida por muitos pesquisadores como uma atividade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporciona um “bem-estar” facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio. Na música temos três elementos importantes: As palavras, a harmonia e o ritmo. Daí a importância de se ouvir boa e verdadeira música, porque no fim de tudo o uso artístico da música tem como objetivo proporcionar prazer aos ouvidos e despertar sentimentos e emoções no ser humano. As crianças dos 3 aos 6 anos cantam, batem palmas, dançam, reagem naturalmente a uma canção ou ao soar de um instrumento musical. É uma questão de instinto natural. Na B. M. S. Pedro da Cova temos essa experiência positiva, com dois dos nossos professores a proporcionar essas atividades musicais nos jardins-de-infância, em parceria com o Agrupamento Escolar de S. Pedro da Cova. Para as faixa etárias seguintes, dos sete aos cento e muitos anos, (porque nunca é tarde para se aprender), disponibilizamos a Escola de Música da Banda que funciona diariamente nas instalações da Escola Profissional, junto ao Museu Mineiro, dando resposta a vários tipo de instrumento, desde as cordas como a guitarra e o violino, até há percussão, como a bateria, não esquecendo as aulas de formação musical e a classe conjunto. Por isso, acho que a educação musical como complemento, pode ajudar na descompressão dos alunos como também vai lhes proporcionar a experiência através da execução de um instrumento musical que lhes permite desenvolver uma linguagem musical de modo a interpretar, a criar e apreciarem a arte dos sons. É um grande desafio para eles (jovens) quando chegam a uma audição, ou em concerto com uma canção ou um tema musical que gostavam de ouvir, e nesse momento poderem eles próprios tocarem para os seus amigos e público em geral através do seu instrumento musical. No final é a felicidade total por prazer e pela realização de um momento pessoal.
Sentem o apoio das entidades competentes no vosso dia a dia?
HM: Estamos a trabalhar nesse sentido. A instituição atravessou alguns anos de falta de iniciativa e desenvolvimento, o que nos traz para a atualidade um desafio acrescido, começando pela falta de um espaço próprio condigno para desenvolver as atividades, passando pelo património de fardas e instrumentos que na sua maioria se encontram desgastados, o que se traduz em um esforço enorme de criar condições de continuidade e, ao mesmo tempo, de abrir novos horizontes. Temos de primeiro criar credibilidade e mostrar trabalho, para posteriormente virem os apoios, o que se revela extremamente difícil.
Como é que as pessoas podem entrar em contacto com vocês e acompanhar o vosso trabalho?
HM: Como referi anteriormente a falta de um espaço físico condigno, não facilita esse contacto de aproximação, sendo colmatado através de uma dinâmica nas redes sociais, distribuição flyers, realização de workshops pelas escolas do ensino básico e através da passa palavra de um trabalho que apesar de muitas dificuldades julgamos estar a ser produtivo e nobre. ▪
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