
Isabel Santos não se recandidatou às Autárquicas 2013
Eleita vereadora pelo PS depois de ter ficado em segundo lugar nas Autárquicas de 2009, Isabel Santos considera que o mandato que agora termina “não trouxe nada de novo” a Gondomar. Contudo, e apesar de não se candidatar novamente, promete andar pelo concelho e sempre “do lado esquerdo da vida”.
O que considera positivo e negativo neste período de vereação?
É de salientar o progresso que houve ao nível do equipamento escolar. A Câmara aproveitou a governação socialista [José Sócrates] e os recursos que foram disponibilizados para as melhorias do parque escolar. A aposta na escola pública é potenciadora de uma igualdade de oportunidades e combate à exclusão social.
Como negativo, evidencio o facto de este ser um mandato que não trouxe nada de novo. Não foi lançado nenhum projeto estruturante e não se concluíram projetos como o Parque Tecnológico de Ourivesaria e a revisão do PDM, que é fundamental.
E a intervenção da vereação também foi de fim de ciclo?
A vereação tinha condicionantes que advieram do resultado eleitoral das últimas eleições. A dada altura, gerou-se uma maioria absoluta composta pelo Movimento Independente e pelo PSD. A partir daí tudo estava condicionado por esse compromisso.
Saliento como exemplo o facto de termos apresentado, uma proposta de redução do IMI e da Derrama Municipal, justificada pela necessidade de reduzir a carga fiscal sobre as famílias e as empresas aqui sedeadas que foi sucessivamente reprovada. Este ano, a maioria decidiu apresentar uma proposta de redução do IMI, seguindo o exemplo de outras câmaras. Os vereadores do PS votaram a favor e essa proposta foi finalmente aprovada por unanimidade. Depois, houve uma conjugação de vontades das forças políticas na Assembleia Municipal para adiar a discussão dessa proposta.
Porque não se recandidatou às Autárquicas 2013?
Essa pergunta deve ser feita ao PS.
Porque é que não foi a opção do PS?
Eu estive disponível para ser candidata até ao dia 19 de outubro de 2012, mas coloquei como condição a existência de um compromisso ao nível local, distrital e nacional, quanto a esta candidatura. Nessa data cheguei à conclusão que não havia esse consenso e entendi que não devia ser um estorvo para a candidatura que o partido viesse a apresentar.
O PS está unido?
Não sei. Tenho mantido um grande distanciamento.
Mas chegou alguma vez a pensar em candidatar-se como independente a Gondomar?
Essa é uma grande pergunta que também fica sem resposta. O que importa é que continuarei a andar por aí e sempre do lado esquerdo da vida.
Foi fácil ser vereadora do executivo de Valentim Loureiro?
Penso que ambos tivemos o cuidado de manter sempre aquela linha vermelha que permitiu que tivéssemos – dentro da discordância e diversidade de opiniões – a cordialidade democrática do trato.