Câmara garante que vigilantes não vão ficar sem trabalho
O assunto não é novo. Os contratos elaborados entre o anterior executivo da Câmara Municipal de Gondomar e os zeladores dos bairros sociais estão a terminar. Alguns já cessaram em janeiro e março, outros em outubro e alguns vão terminar em dezembro. Os vigilantes estão indignados mas o atual executivo assume que ninguém irá para o desemprego.
“Estes contratos, como é sabido, foram mal efetuados no passado e não há forma legal de os revalidar. Não podemos contornar a lei”, começa por explicar ao Vivacidade o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins. “Entretanto, a Câmara já aprovou a contratação do serviço a uma empresa de trabalho temporário, por forma a garantir o desempenho das funções dos zeladores, que consideramos de muito importantes”, acrescenta o edil.
“Sem estudos não vou conseguir arranjar outro trabalho”
Rosa Lopes, vigilante do Bairro Mineiro, em São Pedro da Cova, está indignada com a situação profissional em que se encontra. “Foi uma medida criada pelo major Valentim Loureiro. Agora a Câmara vai entregar a gestão deste espaço a uma empresa privada, porque diz que não é legal estarmos a trabalhar a recibos verdes. Eu sou a zeladora mais antiga de Gondomar e tive oportunidade de falar com o presidente Marco Martins, que me garantiu que não me ia deixar ficar sem trabalho apesar de entregar a gestão deste espaço a uma empresa privada. Disse-me isto há um mês atrás. O meu contrato acaba no dia 20 de outubro e estou à espera para saber se ele vai cumprir com a sua palavra”, afirma Rosa Lopes.